Introdução
Competir, vencer, ser aplaudido e
Esse amplo conjunto de significados indica as diferentes situações de que os gregos participavam com espírito de rivalidade. Em primeiro lugar, a guerra, prova máxima de enfrentamento físico. Em segundo, os embates retóricos: os debates políticos nas assembléias e as disputas nas sessões do tribunal judiciário. E para enfrentar esses desafios cotidianos, os gregos
Além dessas situações rotineiras, os gregos contavam com um grande número de concursos que faziam parte de festas em honra a uma divindade, patrocinadas pelas cidades e inseridas no calendário oficial. Eram, portanto, festas cívicas e ao mesmo tempo religiosas. Além dos concursos atléticos, em que se media o preparo físico dos concorrentes, havia concursos artísticos, que avaliavam o talento dos concorrentes na dança, no teatro e na música. Portanto, vencer num desses concursos era uma forma de obter glória para si, para a cidade e os concidadãos, e também de homenagear o deus celebrado.
É nesse contexto que se inserem os quatro mais importantes jogos da Grécia Antiga: os Olímpicos, celebrados no santuário de Zeus em Olímpia, os Píticos, celebrados no santuário de Apolo em Delfos, os Ístmicos, no santuário de Possêidon em Corinto, e os Nemeus, no santuário de Zeus em Neméia.
Um grande público, vindo de todos os cantos da Grécia, acorria àqueles santuários. Os jogos, além de festa religiosa, eram também um grande acontecimento cultural, prestigiado por líderes políticos, negociantes e, sobretudo, artistas, pois representavam uma excelente oportunidade para escritores, músicos, pintores e escultores divulgar as suas obras.